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Tu és o meu Filho muito amado

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Wodiczko, Progetto Senza fissa dimora, immagine della proiezione video, Montreal, 2014. Una descrizione dell'opera si trova al termine della meditazione.
Wodiczko, Progetto Senza fissa dimora, immagine della proiezione video, Montreal, 2014. Una descrizione dell'opera si trova al termine della meditazione.
10 janeiro 2016
Batismo do Senhor
Lc 3,15-16.21-22
Reflexão sobre o Evangelho
por ENZO BIANCHI

Naquele tempo, o povo estava na expectativa e todos pensavam em seus corações se João não seria o Messias.
João tomou a palavra e disse-lhes: «Eu batizo-vos com água, mas vai chegar quem é mais forte do que eu, do qual não sou digno de desatar as correias das sandálias.
Ele batizar-vos-á com o Espírito Santo e com o fogo». Quando todo o povo recebeu o batismo, Jesus também foi batizado; e, enquanto orava, o céu abriu-se e o Espírito Santo desceu sobre Ele em forma corporal, como uma pomba. E do céu fez-se ouvir uma voz: «Tu és o meu Filho muito amado: em Ti pus toda a minha complacência». 

É a festa do batismo de Jesus, da sua imersão, por João, no rio jordão. É o primeiro ato de Jesus como homem maduro, a sua primeira aparição pública. Todos os Evangelhos recordam este acontecimento colocado no início do ministério de Jesus e cada um deles conta-o de uma forma muito própria: procuremos pois compreender e explicitar as especificidades da narração de Lucas.

João, o Batista, tinha anunciado que havia de vir um mais forte do que ele e que emergeria (isto é, batizaria) não nas águas do jordão mas "com o Espírito Santo e com o fogo". Todavia, este que estava para chegar, que é discípulo de João e tem o nome ainda pouco conhecido de Jeshu‘a, Jesus, vai, também ele, batizar-se. Lucas sublinha que ele faz isso "com todo o povo", expressão que quer enfatizar o povo reunido em torno daquele que "evangelizava" (Lc 3,18), isto é, que anunciava a boa nova. Solidário com aquele povo, homem como todos os outros, misturado de forma anónima, na fila entre homens e mulheres, sem nenhuma vontade de se distinguir dos pecadores, Jesus deixa-se emergir por João: com o povo, no meio do povo, um do povo, palavra que indica as pessoas comuns, mas também o novo Povo que Deus congrega para torná-lo seu povo para sempre. É este o primeiro gesto da vida pública de Jesus: não é uma pregação, um milagre, qualquer coisa que podia deslumbrar os presentes mas um gesto humano de humildade, de submissão a Deus e de total solidariedade para com os seus irmãos pecadores.

Lucas quer destacar o que acontece a Jesus, o que é uma experiência muito sua e pessoal naquele acontecimento. Ao contrário dos outros Evangelhos revela que Jesus recebe o batismo enquanto reza, isto é, enquanto invoca o seu Deus e seu Pai. O que significa rezar? Pouca coisa: fazer silêncio, dar espaço dentro de si ao Espírito Santo para acolher a Palavra de Deus que o próprio Espírito faz ressoar. Esta, e apenas esta, é a oração cristã: não são palavras ditas a Deus, repetições de fórmulas, exercícios de afetos, mas tão só o silêncio, a predisposição de si próprio para acolher a Palavra e o Espírito de Deus. Acontece a Jesus o que acontecerá para a primeira comunidade de discípulos, depois da sua Ressurreição, quando permanece em oração: dá espaço ao Espírito e recebe o dom (cf. At 1,4; 2,1-12). Por isso Jesus, segundo Lucas, falando da oração e dos seus requisitos precisa: "Pois se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do Céu dará o Espírito Santo àqueles que lho pedem!" (Lc 11,13).

Jesus faz-se emergir nas águas por João mas, sobretudo, reza, dispõe todo o seu ser para que seja morada do Espírito Santo que, apenas Jesus, vê descer do do céu sob a forma de pomba para permanecer n'Ele. É o sinal do Espírito de Deus que habitava nas águas no momento da criação (cf. Gen 1,2), o sinal da Shekinà, da Presença do Deus vivo. Os céus abrem-se para esta descida do Deus do Espírito e com o Espírito e eis que ressoa a palavra pessoalíssima dirigida a Jesus: “Tu és meu filho, Eu hoje te gerei.” são as palavras do Salmo 2 (v. 7) que Jesus sabe rezar e que sente que Lhe são dirigidas, acompanhadas de toda a alegria do Pai ao pronunciá-las: “Eis o meu servo, que Eu amparo, o meu eleito que Eu preferi.”, a alegria de Deus que escolhe o seu Servo (cf. Is 42,1). Ninguém escuta aquela voz, ninguém vê descer o Espírito para além de Jesus que, na fé, depois daquele acontecimento, poderá repetir: “O Espírito do Senhor está sobre mim; porque me ungiu para anunciar a Boa-Nova aos pobres;” (Lc 4,18; Is 61,1). É esta a sua missão, que Jesus realizará plenamente como Servo do Senhor, vocação profética e messiânica.

Jesus tinha cerca de trinta anos” (Lc 3,23), diz Lucas logo depois, portanto já tinha vivido muitos anos no anonimato. Do seu bar mitzwà, quando aos doze anos se torna “filho do mandamento” (cf. Lc 2,41-50), até esta revelação de Deus, viveu uma existência comum e anônima. É inutil reconstruir com fantasia e imaginação aqueles anos para encontrar uma espiritualidade de Jesus em família, de Jesus operário, de Jesus em Nazaré... basta-nos saber que esperou, que não se atribuiu um papel ou uma vocação mas que soube sempre viver o hoje de Deus. Estamos certos, apenas, da sua obediência a Deus mais do que aos homens e à sua família (cf. Lc 2,49; At 5,29); da sua disponibilidade em abrir caminho na sua pópria vida e no seu corpo ao Espírito Santo, “seu companheiro inseparável” (Basilio di Cesarea); da sua prática de escuta da Palavra de Deus que encontrava na assiduidade às Sagradas Escrituras, estudando o Hebraico, língua quase em desuso, aprendendo dos Mestres a ler e a interpretar a Lei e os Profetas, seguindo João como discípulo. Isto até cerca dos trinta anos quando já era um homem maduro e, para o seu tempo, avançado na idade. E quando o seu Mestre João foi feito prisioneiro por Herodes (cf. Lc 3,19-20), eis que chegou a sua hora, a hora de fazer ressoar a sua Palavra, a hora de proclamar o Evangelho, a hora de precorrer as estradas da Galileia e da Judeia para “de lugar em lugar fazer o bem e curar todos” (cf. At 10,38).

Este caminho vai desde a imersão nas águas do jordão à imersão nas águas da Paixão e morte (cf. Sal 69,2-3). E mesmo na hora da morte Jesus será como um de nós, contado e crucifixo entre dois malfeitores (cf. Lc 22,37; 23,33; Is 53,12) e, por isso, solidário com todos os pecadores, como tinha sido durante toda a sua vida. Preferiu-os aos justos, fazendo-se batizar com eles por João; Preferi-los-á ainda aos justos morrendo na cruz entre eles, mas prometendo a um deles: “hoje estarás comigo no paraíso” (Lc 23,43). E apenas expirou sentiu de novo a voz do Pai: “Tu és meu Filho, Eu hoje te gerei”, voz que o chama dos mortos, Espírito Santo que o levanta para a vida eterna. O apóstolo Paulo relerá esta história de forma sintética no início da Carta aos Romanos: “...nascido da descendência de David, segundo a carne, constituído Filho de Deus em poder, segundo o Espírito santificador pela ressurreição de entre os mortos, Jesus Cristo ...” (Rm 1,1.3-4).

 


 

Il lavoro di Krzysztof Wodiczko nasce per dare voce a chi non può averla. La proiezione "Progetto senza fissa dimora" nasce a Montreal. Wodiczko ha chiesto di farsi aiutare come co-produttori dell'opera da alcuni abitanti "invisibili" della città: senzatetto, immigrati, donne sopravvissute a violenze domestiche e veterani di guerra.

Queste persone hanno raccontato le proprie storie che ogni giorno venivano proiettate sulla facciata del Teatro Maisonneuve che si trova nella Piazza delle Arti della città canadese. Quindi storie narrate su un teatro, non all'interno di un teatro perché sono storie vere che appartengono alla vita che si svolge fuori dal palco.

Allo stesso tempo queste persone sono proiettate, sono immateriali, "trasparenti" così come si è abituati a non vederle o a fuggirle nella vita quotidiana. Questa opera le impone all'occhio dei cittadini, le porta fuori dall'anonimato e dall'indifferenza inserendole in pieno centro città nel luogo adibito allo svago attraverso l'arte.

Questi uomini e queste donne sono quella folla anonima in mezzo al quale Cristo si pone in fila in attesa del battesimo in totale solidarietà. Farli uscire dall'anonimato è anche il nostro compito.