XXIX domingo do Tempo Comum
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Reflexões sobre as leituras
de LUCIANO MANICARDI
A oração exige coragem. A coragem da fé que leva a não desistir, a não baixar os braços, a não dizer: "não serve para nada"
20 outubro 2013
Reflexões sobre as leituras
de LUCIANO MANICARDI
Ex 17,8-13; Sal 120; 2Tm 3,14-4,2; Lc 18,1-8
A oração como luta e intercessão (I leitura); a oração insistente e que não é desprezível (Evangelho): este é o tema que relaciona a primeira leitura com o Evangelho. A oração é vista não como tarefa dos fortes, mas como exercício dos débeis: Moisés é ajudado a manter os braços erguidos em oração; já no Evangelho é uma pobre viúva que é a protagonista da oração insistente. Fracos que se tornam fortes pela fé e que perseveram na oração. A perseverança como verdade da oração e a oração como certificação da fé são elementos que enriquecem a catequese sobre a oração contida nos textos bíblicos deste domingo.
A imagem de Moisés com as mãos levantadas ao alto procurando a intercessão, ajudado por dois homens que lhe sustentam os braços, cada vez mais pesados, à medida que o tempo passa, é uma bela imagem do esforço em que consiste a oração. A oração é um esforço, é opus (obra), trabalho e como todos os trabalhos exige cansa o corpo e o espírito. Mas aquela imagem indica também um outro aspeto da dimensão comunitária da oração. Ser comunidade cristã não é apenas ser convocado a rezar pelos outros, a interceder, mas também a pôr-se ao serviço da oração do outro. Apoiar-se e encorajar-se na fé e na oração é tarefa que compete a todos os crentes na comunidade cristã.
Um aspeto desta dificuldade da oração é o facto de ser quotidiana, ser perseverante, não ficar para depois. Aspeto que está expresso na parábola evangélica (cf. Lc 18,1). A preocupação de insistir na necessidade de rezar sempre, sem cessar, revela a situação da comunidade cristã a que se dirige Lucas: uma comunidade em que existe algum relaxamento da fé e da oração.