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XII domingo do Tempo Comum


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Entre os mandamentos de Jesus aos discípulos não está apenas o de ir e anunciar (cf. Mt 28,19; Mc 16,15), de pregar dos terraços (cf. Mt 10,27; Lc 12,3), mas também o de calar, de não anunciar, de “não dizer nada a ninguém” (v. 21). A urgência da evangelização não pode fazer esquecer a necessária disciplina do mistério, a lenta e progressiva preparação, a entrada no mistério que requer tempo e paciência. E não pode também, fazer esquecer a necessidade do silêncio, para que a palavra pregada e anunciada seja, graças à reflexão que a preparou, uma palavra credível e autorizada.

Lucas sublinha a dimensão da quotidianidade da assunção da cruz para seguir Jesus. O gesto de tomar a cruz e carrega-la refere-se, originariamente, à sentença que impunha ao condenado à morte que carregasse o instrumento da sua própria execução. A extensão deste gesto a “cada dia” (v. 23), retira alguma coisa à dimensão trágica inscrita na literalidade do gesto, e acrescenta, no plano simbólico, o aspeto da árdua perseverança e da difícil e custosa fidelidade. Perseverança é, para os cristãos, um dos nomes da cruz.

Tomar a cruz em cada dia significa também que, a escolha de seguir Cristo, selada de uma vez por todas, pelo batismo, é existencialmente refeita todos os dias. À ideia ingénua e ilusória que a uma escolha, se "justa", não devem seguir-se dificuldades e obstáculos, mas que tudo deve "ser consequente", deve-se sobrepor-se a ideia de que não há nada de mágico nas escolhas e de que nenhuma escolha, ainda que definitiva, nos exime de fazer escolhas diárias para poder recomeçar e prosseguir o caminho. Em particular, é oportuno renovar os motivos da escolha com o avançar da idade e o desabrochar da pessoa, desfazendo o mito desresponsabilizante da escolha "justa" como escolha  que exime da fadiga de discernir, refletir e arriscar.

A relação entre a perda da vida e a sua salvação é a transfiguração, no plano da fé e da sequela de Cristo, da dinâmica antropológica pela qual “viver é perder”. Todas as ligações, para nós vitais, só são possíveis se precedidas de uma separação: da separação do seio materno, à separação dos pais para constituir família, até à separação da vida que, para o crente, é acesso à vida com Deus, para sempre.

LUCIANO MANICARDI

Comunidade de Bose
Eucaristia e Parola
Textos para as Celebrações Eucarísticas - Ano C
© 2009 Vita e Pensiero

 

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