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O congresso foi encerrado esta manhã com a leitura das mensagens do arcebispo de Canterbury Justin Welby pelo seu delegado, o bispo John Stroyan de Warwick, e do secretário geral da Conferência Episcopal Italiana, o bispo Nunzio Galantino. A continuação, tiveram lugar as intervenções do metropolita Mitrofan, representante do patriarca de Moscovo sobre a figura do príncipe Vladimir, cujo milenário da morte se celebra este ano, de George Demacopoulos, professor de teologia histórica na Fordham University de New York, que mostrou como as cruzadas e o ressentimento e as divisões que se lhe seguiram entre latinos e gregos tinham motivações político-sociais e não verdadeiramente teológicas. Portanto, é necessário hoje superar o sentido de “vitimização histórica” que nega o ideal evangélico do perdão. Finalmente, Padre Isichie leu a conferência de Porfirije de Zagabria e Lubiana, que não pôde estar presente no congresso. “É do futuro que se aproxima que nós fazemos memória”: a vinda de Cristo na história inaugurou já o reino futuro, e só deste ponto de vista nos é possível olhar o passado com olhos de misericórdia e perdão.

No fim das conferências, Sabino Chialà, monge de Bose, forneceu as linhas directivas que inspiraram o congresso: a investigação bíblica da procura do rosto misericordioso de Deus, a análise das figuras patrísticas e o testemunho de personagens que se mostraram como ícones do Deus-ágape, e, finalmente, a experiência eclesial com a sua fidelidade e as suas contradições. O congresso pode ser considerado como um instrumento para ajudar os cristãos das diferentes igrejas a colmar o vazio daquele amor que não admite dilação, do qual nos falou Bartholomeos na sua mensagem, e os anticorpos que lutam contra as entranhas de misericórdia que Galantino identificou em cada um de nós.

Enzo Bianchi, prior da comunidade de Bose, saudou os presentes com palavras calorosas e convidou-os a participar, no próximo ano, na seguinte edição do congresso ecuménico internacional de espiritualidade ortodoxa, cujo tema será divulgado em breve pela Comissão científica e que tentará fazer eco e discernir sobre o sínodo pan-ortodoxo que se realizará no próximo ano 2016.