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III domingo de Páscoa


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14 abril de 2013
Reflexões sobre as leituras
de
LUCIANO MANICARDI
A experiência da sua esterilidade e impotência, a dolorosa tomada de consciência do seu "nada", leva os discípulos a abrirem-se a um Outro, um Desconhecido, que aparece na beira do lago

14 abril 2013
de LUCIANO MANICARDI

Ano C
At 5,27b-32.40b-41; Sal 29; Ap 5,11-14; Jo 21,1-19

O Ressuscitado manifesta-se no lago Tiberíades aos discípulos perdidos (Evangelho), é anunciado com audácia pelos apóstolos nas Sinagogas (I leitura) e dossologicamente celebrado na liturgia cósmica (II leitura).

O episódio que narra uma das aparições do Ressuscitado aos discípulos é, na realidade um conto da ressurreição dos discípulos: um conto em que a passagem da noite (v. 3) ao dia (v. 4), das trevas à luz, equivale à passagem da ignorância ao conhecimento de Jesus (v. 4: “Não sabíamos que era Jesus”; v. 12: “Sabiam que era Jesus”), da esterilidade (v. 3: “não apanharam nada”) à pesca abundante (vv. 6.8), do não ter nada para comer (v. 5) ao prato cheio por Jesus (vv. 9-12). A presença do Ressuscitado realiza a mudança e recria a comunidade que estava, então, reduzida a um pequeno grupo de gente perdida.

Apesar das aparições e das confirmações da ressurreição de Cristo que experimentaram (cf. Jo 20), os discípulos parecem conhecer um momento de des-vocação, juntando-se a Pedro que retoma a faina que havia abandonado para seguir Jesus (“Eu vou pescar”: v. 3). A fé não é mais um dado mas sempre um acontecimento, um processo que conhece progressos mas também regressões. Até as experiências de fé podem ser minadas e não deixar qualquer traço (que é feito das palavras do Senhor que dá poder para redimir os pecados? E a confissão de fé de Tomé? Tudo parece esquecido). Mas a experiência da sua esterilidade e impotência, a dolorosa tomada de consciência do seu “nada”, leva os discípulos a abrirem-se a um Outro, a um Desconhecido que aparece nas margens do lago.


 

O discípulo amado faz uma profissão de fé (“É o Senhor”: v. 7), enquanto Pedro, que tem a responsabilidade de confirmar na fé os seus irmãos (cf. Lc 22,32), é chamado a uma tripla confissão de amor (vv. 15-17). Se por detrás do discípulo amado e de Pedro se devem antever as respetivas Igrejas (a grande Igreja petrina cuja mensagem espiritual está condensada nos sinópticos e a Igreja joanina que no quarto evangelho exprime a sua alteridade) é interessante notar como a profissão de fé do discípulo amado, que na realidade é uma comunicação de fé dirigida a Pedro (“disse a Pedro: É o Senhor”), representa a troca de dons, a partilha de riquezas espirituais entre igrejas diversas. No discípulo amado manifesta-se o discernimento do amor, o intuito do amor; Pedro, por sua vez, é chamado a reconhecer e a cobrir o próprio pecado (a tripla traição) com a tripla confissão de amor diante de Jesus e a declinar o próprio amor como consequência do seguir Jesus (“Tu segues-me”: v. 19). A sequela exigida a Pedro é também a marca espiritual dos Evangelhos sinópticos, enquanto o permanecer (ou habitar), aplicado ao discípulo amado (cf. Gv 21,22-23), caracteriza o quarto Evangelho.


 

O capítulo final do quarto Evangelho aparece, assim, como uma espécie de documento ecuménico, um memorando de entendimento entre a grande igreja e a igreja joanina, entre a tradição sinóptica e a tradição joanina; entendimento fundamental depois da morte dos dois apóstolos (suposto no v. 19 para Pedro e no v. 23 para o discípulo amado). As diferenças entre as duas tradições evangélicas e eclesiais, personalizadas nos dois protagonistas do nosso texto, longe de serem lidas de forma autónoma, constituem uma riqueza do cânone do Evangelho e são seladas pela única refeição que o Senhor põe aos dispor de todos: único é o Senhor, única é a Eucaristia, única é a fé. Nestas condições a missão (a pesca) mostra-se fecunda. Se, como parece, a parte direita do barco e os 153 grandes peixes remetem para o texto de Ezequiel (Ez 47,1-12) (lado direito do templo, águas com peixe, 153 como número que remete, com base na ghematria, para o topónimo Eglaìm: Ez 47,10; etc.), então estamos diante de uma visão da Igreja como templo escatológico, de uma comunidade cristã como lugar da missão universal e da presença de Deus manifestada no Ressuscitado.

LUCIANO MANICARDI

Comunidade de Bose
Eucaristia e Parola
Textos para as Celebrações Eucarísticas - Ano C
© 2009 Vita e Pensiero

 

II domingo de Páscoa


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7 abril de 2013
Reflexões sobre as leituras
de
LUCIANO MANICARDI
O corpo pregado e glorioso de Jesus sintetiza toda a sua vida como vida de amor, é corpo que narra, que manifesta e fala daquilo que viveu, recorda-o e fá-lo viver: o agapê

7 abril 2013
de LUCIANO MANICARDI

Ano C
At 5,12-16; Sal 117; Ap 1,9-11a.12-13.17-19; Jo 20,19-31

O ressuscitado manifesta a sua presença no corpo comunitário curando com as  suas chagas de cruxificado a incredulidade de Tomé (evangelho); mostra a sua força nas curas que os apóstolos fazem nos corpos de muitos doentes (I leitura); revela a sua presença vivificante ao coração da comunidade cristã (cf. Ap 1,13) num dia preciso, “o dia do Senhor” (Ap 1,10), o domingo, memorial da ressurreição no desvendar do tempo e da história (II leitura).

O Evangelho é o livro que representa a força da ressurreição do Senhor enquanto recolha de "sinais escritos" (Jo 20,30) capaz de despertar a fé que conduz à salvação (evangelho); João, autor do Apocalipse (Ap 1,4.9), recebe a indicação de escrever as visões e as profecias apropriadas a cada comunidade cristã e que, lidas em assembleia, falarão do Senhor da história e farão reinar o espírito pascal guiando cada comunidade ao caminho da conversão (II leitura).

Se, caminhando para a paixão, Jesus tinha dito aos seus discípulos: “Por isto é que todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros." (Jo 13,35) Agora, ressuscitado da morte, Cristo, diz: “Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados ficarão perdoados; àqueles a quem os retiverdes ficarão retidos.” (cf. Jo 20,22-23). A remissão dos pecados aparece como um sinal distintivo da Igreja que testemunha o ressuscitado, de tal forma que deve emergir e manifestar-se na Eucaristia (cf. Mt 26,28: “Porque este é o meu sangue, sangue da Aliança que vai ser derramado por muitos, para perdão dos pecados”), no exercício da autoridade (cf. Mt 16,19: a autoridade de ligar e desligar), na missão (cf. Jo 20,23).


 

No nosso texto a remissão dos pecados não aparece como um poder jurídico, mas como carisma, dom, graça, tanto assim que a sua condição é receber o Espírito, acolher o dom dos dons. O corpo pregado e glorioso de Jesus sintetiza toda a sua vida como vida de amor, é corpo que narra, que manifesta e fala daquilo que viveu, recorda-o e fá-lo viver: o agapê. O corpo ressuscitado de Jesus fala de uma amor vivido até ao fim, de um Espírito que acompanhou esse amor até render as feridas, as injúrias e a morte, ocasião última de dom, de amor. O amor está na origem da ressurreição. O corpo ressuscitado de Jesus é corpo que narra vendo-se outro e além: vê-se o amor do Pai, vê-se o amor com que o filho viveu a traição de Judas e a negação de Pedro, assim como a violência dos soldados e a hostilidade das autoridades religiosas. O corpo ressuscitado de Jesus é o corpo que narra a capacidade de fazer do mal sofrido, um dom. É o corpo que pede à Igreja que se torne, ela mesma, corpo narrante, corpo que narra a misericórdia de Deus e a sua capacidade de perdão e de remissão dos pecados.


 

A manifestação do ressuscitado suscita a alegria dos discípulos (cf. Jo 20,21) realizando assim a promessa de Jesus: “Também vós vos sentis agora tristes, mas Eu hei-de ver-vos de novo! Então o vosso coração há-de alegrar-se e ninguém vos poderá tirar a vossa alegria” (Jo 16,22-23). A alegria pascal, a alegria cristã, a alegria que nada nem ninguém pode tirar, não elimina as feridas e a dor sofrida, mas, imbuída pela fé em Cristo pode, evangelicamente, ajudar; não deve ser motivo de ressabiamento ou vingança, mas de perdão e de amor e realizar, assim, a "justiça superior" (Mt 5,20).

A fé no ressuscitado nasce em Tomé e passa através do conhecimento das feridas que Cristo transporta no seu corpo. Pela consciência de que ele próprio não é alheio àquelas feridas Jesus pede-lhe que toque nelas! A fé pascal dos cristãos não pode nascer se não passar pela tomada de consciência das feridas que se fizeram no corpo de Cristo, que é a Igreja, que se infringiram aos seus membros que são os irmãos na fé. Apenas esta fé pascal é autêntica porque acompanhada do arrependimento e da conversão do próprio crente.

LUCIANO MANICARDI

Comunidade de Bose
Eucaristia e Parola
Textos para as Celebrações Eucarísticas - Ano C
© 2009 Vita e Pensiero

 

IV domingo da Quaresma


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10 março de 2013
Reflexões sobre as leituras
de
LUCIANO MANICARDI
O arrependimento pode nascer diante do amor fiel do pai, quando o jovem relê a sua vida à luz desse amor que sempre foi grande 

10 março 2013
de LUCIANO MANICARDI

Ano C

Js5,9a.10-12; Sal 33; 2Cor 5,17-21; Lc 15,1-3.11-32

O anúncio do amor fiel e misericordioso de Deus que se torna perdão está no centro da mensagem deste domingo.

Perdão é o nome que o filho mais novo, desta parábola, de regresso a casa, poderá dar ao amor fiel do pai que continuou a amá-lo mesmo depois de ter partido e de ter recusado a sua filiação. A parábola fala da dificuldade em reconhecer e compreender o amor, de acolher a misericórdia: os dois filhos, por caminhos diferentes, têm dificuldade em aceitar a sua condição de filhos e o próprio amor do pai (evangelho). O trecho de Josué, que nos fala da primeira Páscoa celebrada por Israel na terra de Canaá, mostra Israel, o filho de Deus (cf. Es 4,22; Os 11,1), que entra na casa que o Senhor preparou para ele, depois de o ter feito sair da casa onde viveu como escravo: a celebração da Páscoa é a festa, necessária e justa, que exprime a alegria de Deus e do povo libertado. Certo, uma vez de volta à terra, Israel  (como o filho mais velho da parábola) corre o risco de se sentir justo e poderá viver o dom de Deus como motivo de autosuficiência até não ser mais capaz de discernir a misericórdia divina (I leitura). O texto paulino encerra em si um convite à reconciliação que o apóstolo dirige aos cristãos de Corinto fundamentando-o na reconciliação que Deus já realizou, em Cristo, com o seu amor misericordioso (II leitura).


 

Nos três textos está implícita uma dinâmica pascoal: a celebração pascoal celebra a passagem do Egipto à terra prometida (I leitura); o acolhimento da graça de Deus em Cristo faz com que aqueles que eram pecadores sejam amigos de Cristo, transformando-os em novas criaturas (II leitura); na parábola a dinâmica pascoal está subjacente à passagem da morte à vida, do filho que estava perdido (Evangelho).

O pecado, segundo a parábola evangélica, aparece como desconhecimento do amor. Ambos os filhos não acedem à sua verdade de filhos: um foge da casa e do pai; o outro fica em casa, porém, ressentido e como escravo. Sem liberdade não há amor. Acabamos por fugir da casa que se transformou em prisão ou permanecemos na lógica do dever e da obrigação, como escravos e não como filhos (cf. Jo 8,35).
Decisivo no processo do regresso a casa do filho mais novo é o "cair em si" (v. 17). O jovem deixa de fugir quando toma contacto consigo mesmo, quando ousa interiorizar. Não se trata ainda de uma conversão, mas de uma leitura realística de si, uma tomada de consciência da situação penosa em que caíu.


 

Aquilo de que a parábola acusa o filho mais novo não é tanto o comportamento moral (a vida desregrada) ou a prodigialidade (deu cabo da sua herança) mas a insensatez; o ter vivido asótos, longe do senso, de modo louco e insane (v. 13). O texto não apresenta a sequência pecado - arrependimento - conversão, mas antes uma escolha de vida insane a que se segue uma tomada de consciência da realidade mísera a que o jovem se reduziu e, por fim, a decisão de voltar para casa, para fugir da fome. Não é o arrependimento que transforma o filho mais novo, mas, tão só, uma avaliação realista do que é melhor para si. O arrependimento não aparece aqui como condição do perdão. O arrependimento poderá nascer diante do amor fiel do pai, quando o jovem reler a sua vida à luz daquele amor do pai, que nunca foi pouco, e que ele, simbolicamente, matou pedindo-lhe, antes do tempo, a sua herança. É o perdão que suscita o arrependimento, não o contrário.

Ao amor do pai opõe-se também a lógica do dever que move (ou antes, que torna imóvel) o outro filho. Ele vive uma religião de préstimos que o torna cativo e o leva a não-conhecer o pai (que para ele se torna um patrão) e a desprezar o irmão (“esse teu filho”: v. 30). Ambos os filhos desconsideraram a única coisa necessária: reconhecer a assumir a sua filiação a a sua liberdade. O Espírito Santo é, de facto, o espírito dos filhos, isto é, um espírito de liberdade e não um espírito de escravos ou um espírito de medo (cf. Rm 8,15).

LUCIANO MANICARDI

Comunidade de Bose
Eucaristia e Parola
Textos para as Celebrações Eucarísticas - Ano C
© 2009 Vita e Pensiero

II domingo da Quaresma


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24 fevereiro de 2013
Reflexões sobre as leituras
de
LUCIANO MANICARDI
A transformação do rosto de Jesus fala-nos do rosto invisível de Deus. A oração age sobre aquele que reza e faz vir ao de cima a sua identidade
24 fevereiro de 2013
de
LUCIANO MANICARDI
Ano C
Gen 15,5-12.17-18; Sal 26; Fil 3,17-4,1; Lc 9,28b-36

A aliança é o tema unificador das leituras de hoje. Deus estabelece uma aliança com Abraão prometendo-lhe a ele, que era velho e não tinha filhos, uma descendência numerosa. Aliança, aqui significa uma promessa unilateral de Deus, a que Abrão responde com fé (I leitura). Jesus é o Filho que vive de forma total a aliança com Deus: a oração é o ambiente da sua transfiguração, do tornar-se transparente à presença do próprio Deus. As palavras que Deus pronuncia indicam aos cristãos o caminho para aceder à aliança e à comunhão com Ele: escutar o Filho (Evangelho). Paulo acentua o cumprimento escatológico da aliança de Deus em Cristo e fala da espera e da esperança da transfiguração dos seus corpos de miséria que os cristãos de Filipo anseiam (II leitura). Fé, esperança e oração são elementos decisivos da abertura do crente à ação transformadora de Deus.

Segundo Lucas a transfiguração de Jesus acontece no contexto da sua oração, no mistério do seu diálogo íntimo com com o Pai. “Enquanto orava, o aspeto do seu rosto modificou-se” (Lc 9,29): não um outro rosto, mas um rosto diferente. A oração é, para Jesus, um espaço de acolhimento, dentro de si, da alteridade de Deus: se o rosto é o lugar essencial de cristalização da identidade, então a oração incide sobre a identidade pessoal. A transformação do rosto de Jesus fala-nos do rosto invisível de Deus. A oração age sobre aquele que reza e faz vir ao de cima a sua identidade.


 

A oração é comunicação de Deus com Jesus com a mediação da “conversação” de Moisés e Elias. A sucessão “Moisés e Elias” espelha a expressão “Moisés e os Profetas” que em Lucas indica a Escritura, a Torah e os Profetas (cf. Lc 16,29.31; 24,27). Ou seja, a oração de Jesus aparece como escuta da Palavra de Deus através das Escrituras, mas uma escuta que se torna conversação com aquele que vive em Deus, uma verdadeira experiência de comunhão de santos. A Palavra de Deus, que é luz no caminho do homem, transmite luz e ilumina quem a escuta (cf. Lc 9,29). De resto, “escutar” significa fazer habitar o outro em nós, fazer-se morada para o outro.

Na oração Jesus confirma o seu próprio caminho, agora orientado para a paixão, morte e ressurreição (cf. Lc 9,22), e reconhece-o na continuidade da história da salvação conduzida por Deus com o seu povo: com efeito, Moisés e Elias falavam com Ele sobre o seu "êxodo" (Lc 9,31 literalmente) que iria acontecer em Jerusalém. Não é por acaso que, pouco depois, se especifica que Jesus se dirigiu resolutamente para Jerusalém (cf. Lc 9,51). A oração ilumina e orienta as decisões existenciais. A escuta da Palavra de Deus e a oração, enquanto confirmam Jesus como Filho em relação com o Pai, dão força para enfrentar a hostilidade dos homens. A sua solidão (“Jesus ficou só”: Lc 9,36) é sinal da segurança daquele que vive em comunhão com o Pai.


 

A maneira como os discípulos conseguem ver a transfiguração de Jesus é a vigilância, a luta contra o sono que faz o corpo pesar e tira a lucidez. E assistimos também à mudança dos discípulos que passam de um discurso insensato (Pedro que “não sabia o que dizia”: v. 33), à escuta (“Escutai-O”: v. 35) e por fim ao silêncio (“...guardaram silêncio e, naqueles dias, nada contaram a ninguém”: v. 36). É o silêncio que guarda o mistério do que viram.        

Como David que não podia construir uma casa para o Senhor, mas o Senhor fez-lhe uma casa, isto é, deu-lhe uma descendência, também a Pedro é negado esse desejo de construir uma tenda para Jesus, Moisés e Elias e reconhece que habita a nuvem que o cobre. Entendida pelos Padres da igreja como uma referência ao Espírito Santo, mas também às Escrituras (assim Pedro da Celle no séc. XII), a nuvem que cobre Pedro indica o que é necessário para entrar nas Escrituras e deixar-se habitar pelo Espírito para escutar o Senhor e entrar em comunhão com Ele.

LUCIANO MANICARDI

Comunidade de Bose
Eucaristia e Parola
Textos para as Celebrações Eucarísticas - Ano C
© 2009 Vita e Pensiero

V domingo da Quaresma


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17 março 2013
Reflexões sobre as leituras
de
LUCIANO MANICARDI
O gesto simbólico de Jesus, de abaixar-se e levantar-se, remete para Cristo na cruz que é a síntese verdadeira e inteira da história da salvação

17 marzo 2013
di LUCIANO MANICARDI

Anno C

Is 43,16-21; Sal 125; Fil 3,8-14; Gv 8,1-11

L’annuncio della misericordia di Dio in Cristo Gesù: questo il tema saliente della quinta domenica di Quaresima contenuto essenzialmente nella cosiddetta “pericope dell’adultera”. Lì, la misericordia di Gesù si astiene dal giudicare, condannare e dare sentenze di morte donando così un futuro a chi ormai non aveva più alcuna speranza di futuro (vangelo). Nel testo di Isaia, Dio dona un futuro ai figli d’Israele deportati a Babilonia operando una cosa nuova e mirabile nella storia: il nuovo esodo. Tale è l’importanza dell’evento che Dio sta per compiere che il profeta chiede ai suoi ascoltatori di dimenticare le cose di prima (il primo esodo) per riconoscere e accogliere il novum che Dio sta operando. Qui, “dimenticare” non significa “cancellare”, ma esprime semplicemente l’altra faccia del “ricordare” (I lettura). Troviamo la stessa dinamica temporale in Paolo, il quale, una volta afferrato da Cristo, ha dimenticato il passato proiettandosi verso la mèta che Cristo ha dischiuso alla sua esistenza (II lettura).

Tutti e tre i testi possono essere letti come testimonianza del mutamento che l’azione di Dio improntata a misericordia produce nella storia e nell’esistenza di una persona.

Il testo evangelico contiene un’affermazione elementare e scandalosa: una volta infranta la Legge, vige la misericordia. Gesù, il “senza peccato” che avrebbe potuto, per le sue stesse parole (v. 7), scagliare la pietra contro l’adultera, si astiene dal farlo e ridà un futuro alla donna.


 

Il testo presenta anche un confronto tra peccatori: una peccatrice nota, che tutti sanno tale (la donna colta in flagrante adulterio), e dei peccatori i cui peccati sono nascosti, ovvero coloro che vogliono condannarla invocando la Legge di Mosè sulla lapidazione. La parola di Gesù infatti svela il peccato nascosto che tutti loro, rinviati alla loro coscienza, albergano in sé. Ossia: una differenza fondamentale tra i peccati è quella tra peccati noti a tutti, peccati risaputi (che spesso si traducono in omicidio simbolico linguistico: quello è un adultero, è un ladro, è un omicida; il gesto negativo di un momento sequestra per sempre l’identità di una persona), e peccati nascosti, che gli altri non sanno. Da Gesù impariamo che il peccato manifesto di una persona è occasione per riconoscere il nostro peccato nascosto e per accedere al pentimento.

L’enigmatico gesto di Gesù che per due volte si china, scrive con il dito per terra, si rialza e parla (vv. 6-7; vv. 8.10) evoca la duplice ascesa e discesa di Mosè dal Sinai per ricevere le tavole della Legge “scritte dal dito di Dio” (Es 31,18) e rinvia a quel complesso di Es 32-34 in cui la Legge fu infranta contemporaneamente al suo essere donata, sicché da subito il dono della Legge appare ripetuto, appare per-dono. La Legge è segno della misericordia di Dio e della sua grazia. In particolare, il gesto simbolico di abbassarsi e rialzarsi da parte di Gesù rappresenta l’abbassamento e l’innalzamento di Cristo sulla croce, vera sintesi dell’intera storia di salvezza e autorevole ermeneutica del volere del Dio misericordioso e compassionevole. Non sappiamo ciò che Gesù ha scritto per terra, ma l’unico scritto che Gesù poteva lasciare è la croce, sigillo di una vita spesa fino alla morte nel segno dell’amore per il Padre e della misericordia per gli uomini.


 

Alla logica della croce rinvia anche il fatto che l’episodio dell’adultera termini con il tentativo di lapidazione nei confronti di Gesù (cf. Gv 8,59). Le pietre destinate all’adultera vengono scagliate contro Gesù. La misericordia non è mai a basso prezzo: Gesù assume su di sé le conseguenze del male compiuto da altri.

La Legge, anche la Legge santa di Dio, e ancor di più dunque le leggi della chiesa, necessitano di un’interpretazione umana ispirata a misericordia. Senza umanità, la legge può uccidere, schiacciare, umiliare. Per Gesù, più del comandamento infranto, è ormai importante la donna con la sua vita infranta, con il peccato che ha segnato la sua vita e la sua famiglia.

LUCIANO MANICARDI

Comunità di Bose
Eucaristia e Parola
Testi per le celebrazioni eucaristiche - Anno C
© 2009 Vita e Pensiero

III domingo da Quaresma


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3 março 2013
Reflexões sobre as leituras
de
LUCIANO MANICARDI
A intercessão une, por um lado o empenho histórico e a responsabilidade e por outro a fé e a oração. Assim, não pede apenas a intervenção de Deus na história mas antecipa o anúncio, envolvendo o intercessor na ação.      

3 março 2013
de LUCIANO MANICARDI

Ano C

Es 3,1-8a.13-15; Sal 102; 1Cor 10,1-6.10-12; Lc 13,1-9

A conversão é o tema central do terceiro domingo da Quaresma. É evidente no texto evangélico (“Se não vos converterdes, perecereis”: Lc 13,3.5), mas também no convite à conversão do texto paulino sob a froma de advertência para não cairmos na idolatria e lutar contra as tentações; na primeira leitura a conversão aparece como transformação decisiva na vida de Moisés, pelo que recebe do Senhor a tarefa que ele próprio já se lhe tinha sido confiado, isto é, libertar os filhos de Israel do Egipto.

I tre testi trovano un filo rosso anche nella presentazione del rapporto tra Parola di Dio ed eventi. Gli eventi della vita quotidiana, i gesti ripetitivi del lavoro di ogni giorno, diventano occasione di ascolto di una Parola di Dio per Mosè (Es 3); gli eventi avvenuti nel passato della storia di salvezza e testimoniati nella Scrittura diventano eloquenti per i cristiani di Corinto e veicolano per loro una Parola di Dio (1Cor 10); gli eventi della storia contemporanea, in particolare alcuni fatti di cronaca (un incidente e un fatto politico-militare), sono colti da Gesù come appello alla conversione (Lc 13). La quotidianità (I lettura), la storia (vangelo) e la Scrittura (II lettura) sono tre luoghi attraverso cui Dio parla all’uomo. Ascolto (I lettura), memoria (II lettura) e discernimento (vangelo) sono atteggiamenti essenziali per cogliere la Parola di Dio negli eventi storici.

Eventi tragici dell’attualità vengono assunti nella fede da Gesù come invito alla conversione e strappati al rischio di divenire occasione per giudicare gli altri: questo viene ottenuto inserendo la storia quotidiana nella storia di salvezza, anzi cogliendola come storia guidata da Dio, storia che si apre su una dimensione escatologica: la morte minacciata (“perirete allo stesso modo”) non è ovviamente riferita alla morte fisica, ma alla prospettiva escatologica (in connessione con la pericope precedente: Lc 12,54-59).


 

Certamente vi è una dimensione spirituale di morte che riguarda l’insensibilità agli eventi, l’indifferenza alla storia, il rifugiarsi nella pigrizia dell’abitudine, il non lasciarsi scuotere e ferire dalla storia, il restringere i propri orizzonti di interesse solo a ciò che ci tocca direttamente e da vicino.
Anche la parabola del fico (vv. 6-9) ricorda che non all’uomo spetta giudicare sulla fecondità o sterilità dell’altro, e ancor meno spetta all’uomo estirpare o escludere chi si ritiene che non dia frutti. L’infecondità dell’albero diviene per il vignaiolo invito a lavorare ancora e ancor di più affinché tutto sia fatto per mettere la pianta in condizioni di portare frutto. Alla tentazione della durezza e dell’esclusione, la parabola oppone la fatica raddoppiata dell’amore: l’amore come lavoro, come impegno, come “fare tutto il possibile per”. E comunque il vignaiolo si proibisce di dare un giudizio inappellabile di sterilità sul fico e lascia al padrone della vigna questa difficile decisione: “Se no, tu lo taglierai” (v. 9). Tu, non io. Fuor di metafora: Cristo narra l’amore e la pazienza di Dio, radicalmente e sempre, anche di fronte alle situazioni più “disperate”, e lascia a Dio il giudizio.

La tentazione di giudicare pecca di impazienza, di mancanza di attesa dei tempi degli altri. La pazienza, invece, è fiducia accordata, è arte di vivere e sostenere l’incompiutezza e l’inadeguatezza che vediamo negli altri, nella storia e che dobbiamo saper vedere in noi stessi. I nostri tempi non sono quelli degli altri!

Nel vignaiolo che dice al padrone: “Lascialo ancora quest’anno” (v. 8) vi è anche la figura dell’intercessore. E intercedere non significa semplicemente supplicare Dio per qualcun altro, ma compromettersi, con una grande assunzione di responsabilità, facendo tutto il possibile in prima persona per venire incontro alla situazione della persona per cui si prega. L’intercessione fa l’unità tra impegno storico e responsabilità da un lato, e fede e preghiera dall’altro. E così non solo chiede l’intervento di Dio nella storia, ma già lo annuncia impegnando l’intercessore nell’azione.

LUCIANO MANICARDI

Comunità di Bose
Eucaristia e Parola
Testi per le celebrazioni eucaristiche - Anno C
© 2009 Vita e Pensiero

Epifania do Senhor


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6 janeiro de 2013
Reflexões sobre as leituras
de
LUCIANO MANICARDI
A Epifania revela o que estava escondido (II leitura), torna radiante o que era obscuro e tenebroso (I leitura), faz resplandescer o que estava na escuridão da noite (Evangelho); o que significa que, em Cristo, o Emanuel, o Deus-connosco, todos os povos, com o povo santo de Israel, são destinatários da salvação de Deus.

 

  6 gennaio 2013
di LUCIANO MANICARDI

ANNO C

Is 60,1-6; Sal 71; Ef 3,2-3a.5-6; Mt 2,1-12

L’Epifania ci porta a contemplare la manifestazione di Gesù Cristo alle genti, dunque la destinazione universale dell’evento dell’incarnazione: “I Magi sono i rappresentanti di tutta l’umanità. Ciò che essi trovano lo ottengono per tutta l’umanità” (Leone Magno). L’Epifania rende svelato e manifesto ciò che era nascosto (II lettura), rende luminoso ciò che era avvolto da oscurità e tenebra (I lettura), rende splendente ciò che si trovava nel buio notturno (vangelo): che cioè, in Cristo, l’Emmanuele, il Dio-con-noi, tutte le genti, insieme al popolo santo d’Israele, sono destinatarie della salvezza di Dio.

L’Epifania presenta il mistero della forza comunionale della kenosi di Dio, della potenza di attrazione insita nella debolezza assunta per amore da Dio nel Figlio nato nella carne: sono così prefigurate l’attrazione universale che l’Innalzato sulla croce eserciterà (“Io, quando sarò innalzato da terra, attirerò tutti a me”: Gv 12,32) e la lode che tutte le lingue e le genti (di cui i Magi rappresentano una primizia) daranno al Figlio di Dio che svuotò se stesso e si fece obbediente fino alla morte in croce (cf. Fil 2,6-11). Cristo è l’umanità di Dio, Colui che, nella debolezza della sua carne umana, consente a ogni uomo di trovare Dio. Per il credente si tratta di narrare l’umanità di Dio, e di consentire agli altri uomini di incontrarla, con e nella propria umanità, con e nelle proprie debolezze assunte e innestate in Cristo.

Se nella visitazione lucana la profezia veterotestamentaria nascosta rappresentata da Giovanni Battista nel seno della madre Elisabetta riconosce il Messia grazie a Maria (cf. Lc 1,39-45), così nell’Epifania siamo di fronte a una visitazione in cui la profezia straniera rappresentata dai Magi riconosce il Messia grazie alla mediazione delle Scritture ascoltate a Gerusalemme.


 

Nell’Epifania è insito anche un aspetto di giudizio, di svelamento dei cuori. La nascita del Messia a Betlemme suscita il riconoscimento e l’adorazione degli uni (i Magi) e il turbamento e il rigetto degli altri (Erode). Da un lato, appunto, turbamento, gelosia, volontà di soffocare la vita del neonato, menzogna, doppiezza; dall’altro, gioia, riconoscimento, adorazione, dono, sincerità. Il dono di Dio non è mai neutrale e svela la qualità del cuore. O c’è accoglienza che diviene partecipazione alla logica del dono (I Magi “offrirono in dono oro, incenso e mirra”: Mt 2,11), o c’è rifiuto che diviene volontà mortifera (cf. Mt 2,16).

Nell’incarnazione Gesù appare come luogo di Dio e dell’uomo, ma anche come spazio di accoglienza di Israele e delle genti, ambito dell’incontro tra il popolo di Dio e i popoli. In Cristo può avvenire lo scambio dei doni tra Israele e le genti, può verificarsi l’ascolto reciproco dei racconti, delle storie, delle parole proprie a ciascuno. Come la prima lettura sottolinea che anche le genti hanno una ricchezza spirituale, una luce e una gloria da portare a Gerusalemme, così, il passo di Matteo rivela che i Magi, che a Gerusalemme hanno incontrato la ricchezza delle Scritture ebraiche, offrono al Messia “oro, incenso e mirra”. Questi doni – l’oro con il suo splendore e la sua lucentezza e i profumi con il loro ascendere al cielo e il loro manifestare una presenza invisibile ma reale (captabile con l’olfatto) – hanno una valenza simbolica che li eleva al rango di realtà spirituali, di sostanze che stanno tra cielo e terra, di realtà che indicano un Altro e puntano verso un Oltre.

Nell’umanità dell’ebreo Gesù avviene anche l’incontro tra diversi linguaggi e livelli rivelativi: se la Scrittura è sacramento della rivelazione divina, tracce della rivelazione di Dio sono presenti anche nella creazione (la stella che guida i Magi; cf. Sal 19). E il Verbo, che in Israele si è fatto carne, ha lasciato tracce di sé anche nelle culture e nelle ricerche di Dio delle genti. Semi del Verbo sono presenti tra le genti e sono l’appello a un dialogo e a un incontro che può avvenire in Cristo, Verbo di Dio annunciato dai Profeti e fatto carne, Sapienza divina disseminata tra i popoli.

LUCIANO MANICARDI

Comunità di Bose
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